Petróleo, será o grande vilão?

Olá pessoal!

Algum tempo depois dei as caras por aqui. E vamos seguindo juntos, a pesar dos vácuos (que no caso são de minha autoria ultimamente), firmes e fortes aqui no blog!

Mais uma vez quero agradecer aos nossos seguidores que fazem nosso contador de visitas girar em grande velocidade e quero, novamente, pedir seus comentários, lembrem-se sempre que eles são muito importantes para a melhoria do blog!

Enfim, sem mais delongas vamos ao assunto da postagem.

Vocês por acaso se lembram de um assunto muito abordado à uns tempos aqui no blog no que se refere ao vazamento de petróleo? Sim, um que tratava da catástrofe ocorrida no Golfo do México... Pois bem, eu estava vendo algumas notícias a cerca do meio ambiente e de repente encontro uma sobre o andamento dos estudos a cerca dos efeitos dessa tragédia na vida não só dos animais, como também das pessoas afetadas por esse.

E juntando isso a um trabalho que eu andei fazendo para a matéria de Química 5 na UT veio-me a idéia de fazer uma postagem aliando o petróleo e seus benefícios juntamente com seu risco à saúde e à natureza. Vamos primeiramente ao meu trabalho?

O petróleo é uma substância oleosa, inflamável, menos densa que a água, com cheiro característico e coloração que pode variar desde o incolor ou castanho claro até o preto, passando por verde e marrom. É uma combinação complexa de hidrocarbonetos (rica fonte de energia), composta na sua maioria de hidrocarbonetos alifáticos, alicíclicos e aromáticos, podendo conter também quantidades pequenas de nitrogênio, oxigênio, compostos de enxofre e íons metálicos, principalmente de níquel e vanádio. Esta categoria inclui petróleos leves, médios e pesados, assim como os óleos extraídos de areias impregnadas de alcatrão.

A geração do petróleo como combustível, bem como seus outros derivados, a partir do óleo bruto coletado no processo de extração, exige muita pesquisa e investimento tecnológico, apresentando grandes custos e complexos estudos para seu desenvolvimento. O petróleo é amplamente encontrado na natureza, porém, mesmo com o empecilho do custo e da complexidade dos estudos que o envolvem, sua pesquisa no Brasil vem sendo realizada em ampla escala pela empresa Petrobras, dando origem, através de uma série de processos que serão analisados a diante, em suas refinarias além de gasolina e diesel, também outros produtos como lubrificantes, nafta e querosene de aviação.

O petróleo representa atualmente a principal fonte energética disponível, originando também séries de produtos (chamados de petroquímicos) que visam substituir uma grande quantidade de matérias-primas, como madeira, vidro, algodão, metais, celulose e até mesmo as de origem animal, como lã, couro e marfim. Os produtos gerados do óleo bruto vão desde asfaltos até garrafas de água, tendo também em vista pneus, tintas e até medicamentos.

O petróleo é uma das principais fontes de renda de muitos países, principalmente daqueles situados no Oriente Médio; é, portanto, alvo de estudo na área de geopolítica, visto que o comércio desse produto e o domínio sobre suas reservas geram inúmeros conflitos entre as nações, dando origem, muitas vezes, a guerras.

A origem do petróleo possui atualmente inúmeras teorias, porém a mais aceita por estudiosos do assunto é da sua formação a partir de substâncias orgânicas vindas da superfície terrestre (os detritos orgânicos), portanto, o petróleo é encontrado principalmente em bacias sedimentares. Ainda dentro dessa hipótese, a formação dessa substância necessitaria de altas temperaturas sobre as moléculas de querogênio provocando sua quebra e após finalizado esse processo formando-se os compostos orgânicos líquidos e gasosos, no chamado processo de catagênese. E no acúmulo desse petróleo há a penetração do liquido e/ou gás, através das muitas camadas de rochas porosas e adjacentes, até atingir uma rocha selante e uma estrutuda geológica que o detenha, fazendo com que ele se deposite na rocha denominada então de rocha reservatório.

Como dito anteriormente o petróleo extraído de suas reservas é um óleo bruto e para ser disponível ao consumo é necessário que passe por um processo de destilação, ao ser encaminhado às ditas refinarias de petróleo.

Esse óleo bruto pode ter diferentes texturas e cores, de acordo com o tipo e o local em que é encontrado. O petróleo encontrado em regiões marítimas e terrestre em sua forma pura é o dito petróleo pesado, de difícil escoamento e transporte (já que possui alta viscosidade e densidade), o que exige, como frisado anteriormente, muita tecnologia e esforço (se tornando um desafio a ser sempre superado). Quando processado e de acordo com o seu tipo (como é o exemplo do petróleo encontrado em Urucu pela Petrobrás, que é da mais alta qualidade), é então chamado de petróleo leve. Outro exemplo desse último é o tão falado pré-sal, que foi descoberto em 2007 e atualmente está em etapa de estudos para avaliar o procedimento que será adotado para sua exploração. Para se ter uma idéia do tamanho da reserva que temos nessa camada foram realizadas estimativas que apontam um número de 5 a 8 bilhões de barris de petróleo que podem ser extraídos de lá futuramente, o que levaria o Brasil à posição de um dos países de maior produção de petróleo do mundo.'

O processo citado de refinamento de petróleo segue parâmetros bem simples de se entender. O petróleo é uma ’mistura’ de hidrocarbonetos de variados tipos de cadeias de carbono e ligações que vão de 1 carbono na molécula até mais de 70 carbonos, ou seja, está última caracteriza uma molécula maior e mais complexa, sendo mais difícil de se quebrar ou então de entrar em ebulição. Nessa ultima deixa ficou uma dica de como se divide as diversas cadeias de hidrocarbonetos: o aquecimento do óleo bruto fazendo com que cada substância entre em ebulição em períodos de tempo diferente e em temperaturas diferentes, facilitando a separação de seus subprodutos.

Resumindo, em uma refinaria é aquecido o óleo puro e bruto e dividido assim em diferentes viscosidades (que vão de aspectos muito próximos à água até produtos quase sólidos, o que se pode exemplificar com a cera).

Agora falando um pouco desses subprodutos e deixando bem clara essa idéia de separação deles de acordo com sua temperatura de ebulição, cabe aqui uma pequena tabela de alguns desses derivados:

P.E.(°C)	Composição (C = carbonos)	Subproduto
20	1 a 4  C	Gás
70	5 a 9  C	Nafta
120	5 a 10  C	Gasolina
170	10 a 16  C	Querosene
270	14 a 20 C	Diesel
340	20 a 50 C	Lubrificante
500	20 a 70 C	Óleo comb.
600	acima 70 C	Asfalto

Agora que já temos noção de quão importante ele é para a economia mundial assim como sua grande gama de úteis subprodutos que são separados pelo processo de destilação, nos cabe agora seus tão discutidos impactos gerados ao meio ambiente.

Pessoal, quando pensamos em meio ambiente, qual é a primeira coisa que nos vem à mente? Animais e plantas (a biota)? Água? Árvores? E se eu lhe disser que nós somos incluídos nesse contexto?

É, isso mesmo que você acabou de ler, nós, que tratamos de destruir a natureza e nos achamos algo a parte de tudo isso, estamos inseridos, de acordo com as leis estabelecidas, nessa idéia de ‘meio ambiente’. Não acredita? Vejamos então a Lei da Política Nacional do Meio Ambiente – número 6.938 de 17/01/1981.

De acordo com o texto desta, seu artigo 3º cita:

Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:

        I - meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas;

        II - degradação da qualidade ambiental, a alteração adversa das características do meio ambiente;

        III - poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente:

        a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população;

        b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;

        c) afetem desfavoravelmente a biota;

        d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;

        e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos.

Partindo desse principio de que somos parte do meio ambiente, nossa saúde e bem estar também devem ser considerados quando tratamos de um acidente grave como o que aconteceu no golfo do México.

De acordo com recentes dados, cerca de 55 mil trabalhadores e voluntários dos Estados da Louisiana, Mississipi, Alabama e Flórida trabalharam na limpeza após a explosão. A saúde desses será monitorada por pelo menos os próximos 10 anos, visando analisar os efeitos físicos e mentais provocados pela química com a exposição ao óleo bruto.

Estudos como este foram verificados em 8 de 40 vazamentos ocorridos em um período de 50 anos, por isso os efeitos na saúde humana de tal exposição são praticamente desconhecidos. Então essa análise vem a desvendar mais um dos graves riscos que este óleo bruto representa à natureza.

Este é um dos vários estudos que devem ser realizados em cima desse caso, uma vez que ecossistemas inteiros foram prejudicados e a fauna e flora terão efeitos carregados por anos e anos.

Isso que estamos só levando em conta o acidente no Golfo do México... E que tal se pensarmos nos efeitos que trazem a emissão de gases poluentes pela queima do petróleo? É o que fazemos constantemente na comodidade de nossos carros...

Pois é, o petróleo atinge vários aspectos ambientais e também sociais (visto que a poluição gera efeitos na sociedade e no modo dela se organizar).

Por que falamos tanto e tanto em meios alternativos de transporte? De economia de energia? De diferentes meios energéticos? Justamente por isso, está na hora de revermos esse sistema e avaliarmos nossa conduta com relação à natureza.

Voltamos ao nosso título: “Petróleo, será o grande vilão?”. Agora você já pode tirar suas próprias conclusões.

Vamos refletir um pouco sobre isso e sobre todas as outras questões ambientais que nos inquietam agora na nossa hora do planeta? É, a Tchu já deu o recado no post anterior e eu estou frisando a importância de participarmos dessas mobilizações! Enquanto houver pessoas que pensam no planeta e o tentam salvar, enquanto houver esperança, eu ainda acredito que é possível revertermos toda a nossa posição com relação ao meio ambiente. Você também acredita nisso? Deixe seu comentário, dizendo como foi sua hora do planeta e no que você anda refletindo com relação a isso tudo. Sua participação é importante! Vamos todos então nos juntar e fazer o nosso melhor? Reflita um pouco mais sobre isso.

      Fontes:

http://www.petrobras.com.br/pt/energia-e-tecnologia/fontes-de-energia/petroleo/

http://www.petrobras.com.br/pt/energia-e-tecnologia/tecnologia-e-pesquisa/atuacao-no-presal/

http://www.brasilescola.com/quimica/refinamento-petroleo.htm

http://ciencia.hsw.uol.com.br/refino-de-petroleo.htm

http://www.suapesquisa.com/geografia/petroleo/

http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/883218-instituto-dos-eua-vai-estudar-saude-dos-limpadores-do-oleo-da-bp.shtml

Bjobjo,

Lê.